sexta-feira, 18 de julho de 2014

No Game No Life

"Ascent"



Diretamente da passada Spring 2014, o anime de dois jovens que adoram jogar.

No Game No Life foi um dos animes que deram as caras na já finalizada Temporada de Primavera (Spring 2014). Sua estreia aconteceu no dia 09 de abril e foi finalizado, com um total de 12 episódios, em 25 de junho, fazendo uma certa euforia no fandom de anime quase igual a SnK ano passado - tendo como base minha timeline do twitter.


Em No Game No Life (que será abreviado no texto para NGNL), acompanhamos a história dos irmãos Sora e Shiro, dois NEETs que possuem certa reputação na internet como kuuhaku 『  』(literalmente um espaço em branco). Um dia, após derrotarem um player em um jogo de xadrez online Sora e Shiro são convocados por um garoto chamado Tet, que se intitula como "Deus" até Disboard, um mundo onde "tudo  é decidido por jogos", como pequenas discussões, apostas e até guerras entre as nações.

Sora e Shiro, ou kuuhaku『  』são os nosso protagonistas. Sora (em japonês se escreve 空) significa Céu enquanto Shiro (em japonês se escreve 白) significa branco. Logo a escrito dos dois kanjis juntos 空白 seria "os brancos", ou em japonês kuuhaku. Eles são NEETs (Not in Education, Employment, or Training, numa tradução literal "Não em Educação, Emprego ou Treinamento"), e essa é uma classificação que foi usada primeiramente no Reino Unido para depois ser utilizada em outros países do mundo, como o Japão. No Japão, aliás, o termo compreende pessoas de faixa etária entre 15 a 34 anos que são desempregadas, solteiras, não possuem registros na escola, não procuram trabalho ou treinamento necessário. Ou seja, seria uma pessoa que não faz nada da vida. E ambos os personagens tem lá seus traumas para serem do jeito que são. Sora foi abandonado pelos pais, "adotando" Shiro, que por ser uma gênio precoce sofria constante bullying, sendo inclusive abandonada pelos próprios pais.


Ambos possuem certa genialidade, o que vem muito bem a calhar em diversas situações. Afinal, existem diversos tipos de jogos e esses dois entendem muito bem disso. O fandom aliás, chegou a compará-los com o Lelouch de Code Geass e Kira e L de Death Note. Claro que os animes citados, bem como as personagens são de universos diferentes, logo as comparações não têm sentido algum.

Os irmãos acabam por pegar para si uma responsabilidade um tanto grande: salvar a Imanity (humanidade) odiando-a, já que ficar no meio do povão não é com eles. E, enquanto em outros animes do tipo - em que as personagens são transportados para outro mundo, eles tentam achar alguma maneira de voltar para casa -, Sora e Shiro acham Disboard incrível, pois tudo se resolve com jogos, e não há (na mesma medida), aquela pressão do mundo real. O mais legal é que eles aproveitam para salvar a humanidade fazendo o que mais gostam: jogando.


Além da Imanity há outras raças. Outras 15 raças na verdade, sendo que somente algumas são citadas como os Elfos, Warbeasts e os Flúgels. A Imanity, como era de se esperar é a mais fraca dentre todas as raças, e como Sora faz questão de lembrar "os fracos têm seu próprio jeito de ganhar", utilizando-se da inteligência, que acaba sendo menos desenvolvida em outras raças, que preferem utilizar a força para tudo.

O anime impressiona bastante, é uma história simples, contudo recheada de inteligência, jogos mentais e trapaças na medida certa. Em diversos momentos do anime (começando pelo episódio 2) há o uso de fanservice, que se não me engano, à partir do episódio 6 torna-se mais evidente. Não é uma tática desesperadora para conseguir audiência - sua temática já o faz sozinho -, mas em alguns episódios, torna-se desnecessário e dependendo da pessoa, pode vir a incomodar bastante.


NGNL começou originalmente como light novel em 2012 e até abril deste ano contava com seis volumes. Light Novel, para aqueles que não sabem ou não se lembram, são romances com ilustrações que tem como público alvo os adolescentes e os jovens adultos. Não estranhe, é cada vez mais frequente que esse tipo de mídia venha a ser adaptada para anime. O idealizador da obra atende pelo pseudônimo Yu Kamiya, cujo nome verdadeiro é Thiago Lucas Furukawa, sendo o primeiro artista brasileiro a fazer sucesso no Japão com esse tipo de publicação. Posteriormente, a light novel foi adaptada para mangá por sua esposa Mashiro Hiiragi.

O anime em questão foi produzido pela MADHOUSE que escorreu um tanto na escolha de cores, tornando NGNL colorido demais, com aquele efeito luz-do-pôr-do-sol-bate-sempre-em-mim. Contudo, o estúdio soube fugir do esteriótipo padrão atual moe. O tema de abertura, This Game é interpretada por Konomi Suzuki e sua letra - na única vez que tive oportunidade de ver legendado - expressa a ideia do anime. Já o encerramento Oracion, temos Ai Kayano no vocal, que é também a dubladora de Shiro. Sua letra foca-se mais na personagem, em seus sentimentos que são um tanto ofuscados pela genialidade brilhante de Sora, enquanto Shiro serve bastante como suporte, uma vez que seu irmão rouba toda a cena.


Por enquanto, não há nenhum pronunciamento de uma segunda temporada. Mas fico na torcida para que isso aconteça.

No Game No Life pode ser assistido em sua totalidade pelo site de animes em streaming Crunchyroll. Inclusive para membros não assinantes.

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2 comentários:

  1. Eu não passei dos 5 primeiros minutos na minha primeira tentativa de assistir, mas agora que acabou acredito que darei uma nova chance. A quantidade de episódios facilita.
    Essa colorização ainda me deixa dividido, acho interessante mas não sei se aprovo muito. A única certeza é que alguém na MADHOUSE está curtindo esse "filtro violeta", pois fizeram algo semelhante com Hanayamata desta última temporada.

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  2. Excelente descrição, realmente não botava fé no anime, mas depois com o desenvolvimento achei muito criativo e lembrou um pouco as estratégias de Zero em Code Geass.

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