quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Resenha: Kaori e o Samurai sem Braço de Giulia Moon

Olá!!

Kaori e o Samurai sem Braço foi um dos livros que eu adquiri na 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.  Foi o último livro lido em 2012.

Quando fui na Bienal do Livro de São Paulo, tive a oportunidade de conversar com a Giulia Moon, que é super simpática e que se lembrou de mim. Aliás, no dia que eu fui estava tendo o lançamento do livro com direito a autógrafos e fotos. Só quem tem um livro autografado, com direito a uma dedicatória, sabe o quanto ele é especial. É assim com Kaori e o Samurai sem Braço.

Giulia Moon, assim como outros autores, vem se destacando bastante no cenário da literatura fantástica brasileira, que está crescendo bastante ultimamente.

Kaori e o Samurai sem Braço é na verdade um prequel de dois outros livros da mesma autora, Kaori - Perfume de Vampira e Kaori 2 - Coração de Vampira


"Março de 2011, Brasil. Uma bela vampira, Kaori, procura confortar seu amigo Takezo, que sofre com as notícias alarmantes sobre o tsunami que devastou o Japão, sua terra natal. As lembranças de outra catástrofe semelhante do passado levam Kaori a recordar o ano de 1782, quando conheceu um certo samurai sem braço: Migitê-no-Kitarô, um exterminador de monstros. Kaori narra ao amigo as aventuras eletrizantes que viveu junto com Migite-no-Kitarô e a sua fiel companheira Omitsu, a mulher-raposa, enfrentando demônios e espectros do folclore japonês. O objetivo do trio é exterminar um terrível monstro devorador de almas, mas essa missão os levará ao mais arriscado dos confrontos: o desafio de enfrentar a si mesmo, às próprias fraquezas e arrependimentos, numa luta de vida ou morte! Faz parte da série de livros da vampira Kaori, que vem obtendo sucesso de público desde o lançamento do primeiro volume, Kaori: Perfume de Vampira (Giz Editorial, 2009). Seguiu-se a publicação de Kaori 2: Coração de Vampira (Giz Editorial, 2011) e, agora, chega Kaori e o Samurai Sem Braço. O livro não faz parte do arco principal da série. É um prequel do Kaori 2: Coração de Vampira. Conta como alguns personagens se conheceram há mais de duzentos anos. É o primeiro volume ilustrado da série, e traz dezoito desenhos em preto e branco da própria autora, Giulia Moon, que ilustrou também a capa."

Sinopse via Skoob

Kaori e o Samurai sem Braço não é a primeira estória da vampira Kaori. A vampira teve sua estreia em  um conto no livro Amor Vampiro (livro que contém contos de vários autores brasileiros sobre vampiros) e em 2009 ocorreu o lançamento de seu primeiro livro. Eu ainda não li Kaori 2 - Coração de Vampira, contudo já li Kaori - Perfume de Vampira (por motivos desconhecidos não postei resenha aqui, se tiver pedidos, quem sabe).

Este livro não se trata de um Kaori 3, e sim de um prequel, uma aventura que antecede os dois primeiros livros. Se você já leu as outras obras, o Samurai sem Braço vai ser como um bônus. Caso você decida conhecer a vampira por este livro, saiba que pode ser uma ótima ideia e um bom aperitivo para descobrir mais sobre como a autora se identifica com a cultura japonesa e do bom uso que faz dela.

Além de Giulia Moon escrever sobre vampiros, seres que amo, ela também faz uso de uma personagem oriental e da cultura japonesa. O diferencial talvez, é que em seus livros, seja nas estórias presentes ou nas de época, Giulia consegue reproduzir exatamente o ar folclórico japonês desconhecido para a maioria dos brasileiros. Além dos termos originais em japonês que a autora faz uso, todos com seu respectivo significado.

Para quem não leu Kaori, talvez não conhece o estilo de literatura que Giulia faz. No primeiro livro Kaori - Perfume de Vampira, ela intercala duas épocas distintas - São Paulo do século XXI e o Japão do século XV - sem perder o ritmo da narração. Diferente de O Samurai sem Braço, a estória é focada quase que toda no Japão Feudal, mais precisamente no ano de 1782. 

Ilustração presente no livro,retirado
do  facebook de Giulia Moon
O destaque desse livro fica para as ilustrações, que aliás, são umas mais lindas do que as outras e tem de alguma forma relação com o capítulo tratado. Elas aqui tem o papel de simbolizar o acontecimento que está para ser lido, sem spoilers, apenas utilizadas para aguçar nossa curiosidade na  trama. 

As personagens envolvidas aqui, o Migitê-no-Kitarô (o Samurai sem Braço) e Omitsu possuem e desempenham seus respectivos papéis com maestria, assim como outros personagens que aparecem no decorrer da estória. Mesmo que eles sejam personagens únicos e possuem seu próprio brilho, não ofuscam a presença de Kaori, somente a complementa. 

O trabalho feito pela Giz Editorial nesse livro está excelente. Seguindo o mesmo padrão da série Kaori, a editora mostra que se preocupa com os mínimos detalhes. Ótima formatação e nenhum erro de português detectado - pelo menos por minha parte -. 

Acho que a única coisa que eu tenho a dizer mal do livro seja do fato dele ser curto. Não sei, a leitura foi agradável demais e a narração fluiu como o fluxo de uma correnteza, ainda mais nos últimos capítulos, onde a estória tem seu clímax.


Mesmo no livro, Giulia Moon não se esqueceu de seus fãs nos agradecimentos: "Aos KaoriLovers, os companheiros alegres e cheios de energia da titia Giu." Contudo, quem deve agradecer somos nós, leitores. 

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2 comentários:

  1. Saudações

    O livro é realmente curto, Naty. Mas se levar em consideração o fato de ser uma prequel, então o impacto final acaba sendo bem minimizado.

    E sim, a história é muito recompensatória... Marca na simplicidade e chama a atenção em cada desenho...

    O seu post já deu uma bela dimensão da coisa toda, nobre Naty. E este é o caminho.^^


    Até mais!

    ResponderExcluir
  2. Deve ser mesmo um livro bonito de se ler e VER.

    Foi bom também saber sobre esse tal de "prequel". Nunca tinha visto essa palavra, mas a ideia dela me agrada muito (principalmente por conta da minha veia de ficwriter, rs).

    A história (toda) e o livro em questão me pareceram bastante ricos, o que pouco se encontra em literaturas do gênero feitas aqui, em que muitos priorizam a ação, deixando de lado a parte instrospectiva da trama. Gosto quando os personagens demonstram conflitos internos, pois ficam mais próximos da realidade, de nós como pessoas humanas.

    E, no meu achismo, acho que vc deve, sim, escrever uma resenha para o outro Kaori que vc tem. Afinal,além de vc apresentar a obra para os que não a conhecem, também estará dando uma força à autora (e sabe que autores brasileiros independentes precisam de muuuita força).

    Bjiins!

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